terça-feira, 13 de outubro de 2009

A minha vida é um delírio
Um sonho que nunca se realiza
É uma carroça puxada por um cavalo que não puxa nada e que leva uma carroça que não existe
O ar que entra não passa pelos meus pulmões.
Ele se dissolve numa angústia vazia.
Meu coração bate e não faz mais do que bombear sangue.
Um sangue ralo e sem cor.
Meu coração está murxo de amor
A cachaça não ébria nem dá dor de cabeça!
A natureza é um ópio que não tem torpor.
A cidade-concreto é uma cocaína sem empolgação.
A vida passa e não estou de mãos enlaçadas
Não há alguém que me dê um soco na cara
Comida que mate a minha fome
Amor que me exploda
Morte que se faça Vida
Nada, que me chacoalhe e me estapeie e me desperte desse delírio.
Comi bananinha amassada com aveia
E caguei um cacho de bananas e uma caixa de aveia lacrada com o preço do supermercado.

3 comentários:

Diana disse...

Apaga o cigarro no peito com as próprias mãos. Ninguém lhe comprará um cinzeiro se sua vontade de fumar for parca, rala.

Gu Pessoa disse...

Uau...

Ivi disse...

banho de mar,
enxugar-se com a toalha do sol,
morrer de insolação, dourado de sol,
e renascer dentro de uma ostra, abrir por dentro com as próprias mãos e encontrar a liberdade.