segunda-feira, 11 de maio de 2009

Ondas se alevantam insatisfeitas
Hoje eu acordei insatisfeito
Andei bebendo cerveja de mais ontem à noite
Você tem bebido demais do sacolejo indigesto do planeta
Entendi agora os olhos de Capitu.
A fúria que sequer aceita passivamente um mergulho
Sem lançar para fora o entulho que o invade
No momento do teu sono mais profundo.
Pedras escondidas saltam para fora da areia águas explodem nos trapiches e contra elas mesmas
Passantes param e observam
Hoje é o seu dia Oceano
Quando tens o seu direito de descansar e perturbar o mundo
Nada de capoeiras e leituras e meditações!
A areia só tem o lixo humano que cuspiste e o resto de natureza rasgada que varreste com sua grandeza implacavelmente bela
Nada de tranquilidade!
A maresia me envolve no pavor de ser engolido sem pegadas e bilhetes de Adeus
Ah quanta pequenez!
O Pavor
A Capoeira
O êxtase e a explosão!
Tudo muito humano demasiado humano
Aos olhos do Universo a nossa íris é poeira cósmica
Olhando de baixo
Porque de cima
A ressaca é a serenidade d0 mar

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